13 mar Competitividade Empresarial: Dar bronca é necessário para o líder
Esses dias estava conversando com um empresário conhecido. A empresa dele fabrica acrílico e a sede fica perto da Palmetal.
Foi uma conversa bastante elucidativa!
Apesar de ele ser uma pessoa muito boa, generosa, justa e tudo mais, os funcionários dele pintam e borbam. Ele me contou coisas que me deixou pasmo. Duas eu não resisti e vou ter que contar…
Ele tem um funcionário lutador, que ele quis dar uma ajuda e lhe presenteou com um carro. Passado um tempo o funcionário ficou apertado e ofereceu esse mesmo carro para o meu colega empresário comprar.
A falta de broncas
No carnaval ele quis dar férias coletivas, mas, voltou atrás porque os funcionários reclaram que iriam perder a terça feira, e se não fosse férias eles ganhariam esse dia de graça sem descontos. Conclusão: Todos trabalharam na segunda de carnaval e na quarta feira de cinzar. E ficaram lá sem fazer nada.
Sabe porque isso acontece nessa empresa? O motivo é que meu camarada do acrílico usa muito pouco o recurso da bronca, também conhecida como: esporro, corretivo, sossega leão, dar uma comida, pagar geral, descascar, espinafrar, chamar na xinxa, entre outros. E ele mesmo admite essa falta.
Todos os grandes líderes militares eram respeitados, mas, ao mesmo tempo temidos. E uma empresa guarda semelhanças ínitimas com um exército.
O líder tem que ter todas aquelas características bem conhecidas: Ética, transparência, motivação. Ao memo tempo que tem essas características, tem que ser um pouco perverso.
Não que o gestor vá ser perverso somente para praticar, de preferência que não seja nunca, mas, que na hora necessária não hesite em sê-lo.
A vantagem das broncas bem dadas
Um líder que sabe dar broncas, facilita o trabalho da sua equipe. Vide o diálogo abaixo:
– “Fulano, ou você se conserta e passa a fazer isso direito ou vou chamar o chefe para vir conversar com você“
– “Pode deixar, vou resolver tudo“
– “Acho bom! Nem preciso te lembrar como ele é.“
Imagina se o funcionário que levou a reprimenda achasse o chefão um molenga. Certamente seria mais complicado mantê-lo na linha.
Fora que algumas pessoas são sensíveis a broncas, e elas realmente aprendem dessa forma. Muitas aprendem somente dessa única forma. É até uma questão cultural. Na antiga Ishibras, essa questão da bronca era estratégica. Havia um treinamento em que consistia em pegar dois funcionários e um descascar em cima do outro. O descascado aprendia a ouvir a bronca, e o descascador aprendia como dar esporro. Tudo dentro da máxima tradição japonesa.
Pensei nisso! Elogios e broncas na dose certa são uma dupla motivadora maravilhosa.
Márcio
Posted at 07:43h, 07 marçoFantástico… Parabéns pela publicação!