05 dez Trabalhar com namorada? Dá certo sim!

É! Da certo sim! A questão é:  O que é dar certo para você?

Se for casar ter filhos e viver feliz para sempre talvez isso seja quase impossível quando se divide uma rotina familiar e de trabalho ao mesmo tempo.

Se for ter uma ótima convivência durante o tempo que era necessário ou viável, fazer a carreira dos dois crescer profissionalmente e passar por experiências engrandecedoras juntos, ai eu tenho certeza que dá certo sim.

Pessoalmente falando, tive a oportunidade de trabalhar com três namoradas. O tempo de duração variou entre 18 e 24 meses. Essa barreira de 24meses não foi quebrada até hoje pelo menos.

A 1ª experiência — Evelyn: A Lady Di

Namoro: Novembro de 2002 a Abril de 2004

Trabalho: Dezembro de 2002 a Abril de 2004

A primeira experiência aconteceu quando eu tinha 27 anos e ela 23. Foi uma época muito complicada profissionalmente falando, mas, essa nossa união deu bastante força para passar por esse período. Foi o momento em que a empresa esteve mais próximo da falência e coisas triviais como comprar uma pizza do Habib’s tinham quer ser analisadas. Nesses meses pedir o frango da assado do restaurante era considerado uma extravagância.

Com todos esses desafios a presença da Evelyn foi muito importante, ela organizou a empresa, fazia várias atividades ao mesmo tempo e foi leal até o último minuto. Foi a primeira pessoa que me alertou para a importância de ter metas e objetivos.

Para os que entendem de astrologia, ela possui lua em escorpião, e isso torna a pessoa um tanto quanto geniosa. Mesmo assim eu gostava muito dela e tentei levar a parceria até onde foi possível. Sou bastante agradecido por ter estado ao meu lado nos momentos mais difícieis e ter deixado o empreendimento fora do risco iminente de falência. Depois da sua partida fiquei um período de 18 meses sem trabalhar com uma namorada.

Acredite, esse período foi muito duro. A Evelyn fez bastante falta. Foi um tempo que crescemos lentamente devido a falta de mão de obra qualificada. Além disso a Evelyn foi uma ótima namorada. Fiel, companheira, muito bonita e charmosa. Tinha um comportamento exemplar. Parecia a Lady Di com aquele jeito doce.

A 2ª experiência – Renata: A Emissária

Namoro: Novembro de 2004 a Março de 2007

Trabalho: Setembro de 2005 a Março de 2007

Mais ou menos 18 meses depois de a Evelyn ter partido, eis que assume o posto na empresa e na vaga de namorada a Sra. Renata. O que a Evelyn tinha de pavio curto a Renata tinha de tranquilidade e compreensão, nós faziamos um par muito bom, muito bom mesmo.

Para os que entendem de astrologia a Renata possui lua em leão. E assim ela tomava conta da empresa, como uma leonina. Por a empresa ainda não estar totalmente estabilizada essa dinastia teve seus desafios. Algumas questões com bancos, rotatividade de pessoas e outras situações. Novamente pude contar com a lealdade da parceira para superar isso tudo.

A Renata era o mar da tranquilidade, dificilmente se abalava e isso me dava bastante segurança para avançar. Durante esse período a empresa se transformou em algo com cara de empresa e metas definidas. Produtos foram lançados e passamos a vender em todo território nacional, antes disso a venda era totalmente concentrada no Rio de Janeiro.

Quando a relação chegou ao seu fim fiquei bastante chateado. Me esforcei para que a coisa ainda continuasse por mais um tempo, mas, Renata foi irredutível. Diferente da Evelyn que foi uma decisão mais minha do que dela, no caso da Renata foi o contrário, uma escolha que eu não pude mudar.

Essa mudança diminui bastante meu ritmo de atividades, perdi parte da energia, uma vez que tinha tido a baixa de uma pessoa tão talentosa. Enquanto a Evelyn era a Lady Di, Renata era A Emissária Divina. Muito centrada, calma, compreensiva, sempre disposta a perdoar e ver o ponto de vista alheio. Pensava bastante na vida como um todo, no sentido dela e o que viria depois. Sabia separar bem os negócios da vida do casal.

Quando ela foi, levou um pedaço do meu coração junto. Mas, mal sabia eu o que estava por vir. E era coisa forte! Muito forte!

A 3ª experiência – Juliana: The Shining Star

Namoro: Abril de 2007 a Março de 2009

Trabalho: Março de 2007 a Março de 2009

No primeiro segundo que deitei os olhos sobre Juliana eu vi que ali estava um pedaço do meu futuro. Juliana era tão pavio curto quanto a Evelyn, possui a mesma lua em escorpião. Tinha o talento da Renata e uma energia e empolgação sem paralelos. Bonita, vaidosa, refinada, possessiva, ciumenta e com uma incrível capacidade de fazer chover dinheiro na empresa.

Recebeu uma boa herança da Renata e nos próximos dois anos transformaria uma boa herança em uma empresa única no Brasil com uma variada linha de produtos de sucesso. Um sistema de gestão eficaz e relativamente bem organizado e uma grande perspectiva de crescimento.

Nos 24 meses que estivemos juntos a empresa cresceu como um foguete. Sua lealdade era tão grande quanto a das outras duas, sendo que a sua capacidade de criar e assumir responsabilidades era quase infinita. Sempre onde a batalha era mais dura, no olho do furacão, eu podia contar com a mão solucionadora da Shining Star.

Como toda a lua em escorpião, era desprovida de senso de separar as coisas. Caso a relação sofresse um abalo o trabalho também sofreria, se houvesse um stress no trabalho isso era levado ao namoro também. Juliana foi um tremendo presente dos céus.

Sua capacidade de empreender era surpreendente e de forma automática ela assumia a liderança na minha ausência e tomava decisões quase sempre perfeitas. Por tudo isso o apelido foi completamente justificado. Esse apelido foi insiparado na música SHINING STAR cantada pelo conjunto GET FAR. Você deveria ouví-la pois é maravilhosa. Muito inspiradora.

Resumo:

Eu faria tudo de novo e com as mesmas pessoas. Ninguém que eu pudesse contratar teria sido tão fiel e dedicado como foram essas garotas.  Atualmente nenhuma das três fala comigo, mas, tenho uma grande dívida com elas e espero pagar em breve.

Minha recomendação é tentar unir os dois, mas, esteja preparado para o fim, que pode acontecer a qualquer momento. E normalmente o fim da parceria acontece nos dois setores: comercial e amoroso.